sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Lei anti-gay em Uganda condenaria homossexuais à morte!! Assine a petição, divulgue, faça a sua parte! Ou vc ñ é um ser humano?!



Caros amigos,
o parlamento da Uganda está se preparando para passar uma nova lei brutal, que punirá gays com sentenças de prisão e até pena de morte. Críticas internacionais levaram o presidente a pedir uma revisão da lei, mas após forte lobby por extremistas, a lei parece estar pronta para votação -- ameaçando gerar perseguição e mortes. Oposição à lei está crescendo, inclusive da Igreja Anglicana. O ativista de direitos gays na Uganda, Frank Mugisha, diz que "essa lei nos colocará em grande perigo. Por favor, assine a petição e diga a outros para se juntarem a nós. Caso haja uma grande resposta global, nosso governo verá que a Uganda será isolada no cenário internacional, e não passará a lei". É esperado que uma decisão seja tomada nos próximos dias, e só uma onda de pressão mundial será suficiente para salvar Frank e muitos outros. Vamos gerar uma enorme petição que acabe com a lei que propões pena de morte para gays.
Essa petição será entregue ssa semana ao presidente Museveni, membros do comitê de revisão, embaixadas da Uganda ao redor do mundo e a governos doadores. A lei propões prisão perpétua para qualquer um acusado de ter uma relação com alguém do mesmo sexo, e pena de morte para quem cometer esse "crime" mais de uma vez. ONGs que trabalham para impedir maior contaminação por HIV podem ser condenadas a até 7 anos de prisão por "promover homossexualidade". Outras pessoas podem ser condenadas a até 3 anos de prisão por deixarem de avisar as autoridades da existência de atividades homossexuais dentro de 24 horas! Quem apoia o projeto de lei diz defender a cultura nacional, mas a maior oposição vem de dentr do próprio país. O Reverendo Canon Gideon Byamugisha é um dos muitos que nos escreveram - ele disse que essa lei "está violando a nossa cultura, tradição e valores religiosos que não apoiam intolerância, injustiça, ódio e violência. Nós precisamos de leis para proteger as pessoas, não para perseguí-las, humilhá-las, ridicularizá-las e matá-las em massa." Ao rejeitar essa perigosa lei e apoiar a oposição nós podemos ajudar a criar um precedente crucial. Vamos ajudar a criar um apoio em massa aos defensores de direitos humanos na Uganda, e salvar a vida de muitos ao impedir que essa lei passe -- assine agora e avisa seus amigos e familiares: https://secure.avaaz.org/po/uganda_rights_3/97.php?cl_tta_sign=c3b726b08d4731948f0307fa10d9dd11

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Os coloridos

Vale uma bela reflexão...

Texto de Maria Berenice Dias
www.mbdias.com.br
www.mariaberenice.com.br
www.direitohomoafetivo.com.br

"Ninguém entende bem este fenômeno, mas que é uma realidade é: todo mundo adora saber da vida alheia!

Talvez esta seja a singela explicação para o sucesso do BBB - Big Brother Brasil, reality show agora na sua décima edição.
Os participantes, em sua grande maioria, são jovens cheios de sonho, de diversas origens e distintas condições sociais e culturais. Eles não se conhecem, mas têm algo em comum, todos querem ganhar o cobiçado prêmio. Para isso não podem ter nenhuma dificuldade em se expor, pois, ao aceitarem o desfio de serem vigiados 24 horas por dia, abrem mão da própria privacidade.
Na casa, ninguém tem compromisso com nada e ninguém, e não precisa ter preocupação sequer com a própria subsistência. Naquela verdadeira ilha da fantasia, tudo é permitido, intrigas, brigas e romances, em um contexto de muita festa e licenciosidade.
A cada edição algumas mudanças ocorrem ainda que o espírito de competitividade permaneça sendo a tônica. A preocupação de cada um para lá permanecer é cair nas boas graças do povo, único critério seletivo para ter a chance de sair vitorioso. Os espectadores acabam desempenhando o papel de deuses, pois têm a possibilidade de expulsar qualquer morador daquele paraíso.
Na edição que acaba de iniciar, de forma absolutamente surpreendente foram selecionados três integrantes da população LGBT: uma lésbica, um gay e um travesti que atua como drag queem, formando o grupo chamado "os coloridos".
Depois da vitória do Jean, na 5ª edição do BBB, um personagem discreto que só revelou sua orientação sexual quase no final do programa, a mudança é radical. Ao menos nesta bolha que retrata um mundo ideal, o preconceito não existe. De ninguém é excluído o direito de viver em um mundo que procura retratar as pessoas como elas são.
Como a televisão está presente na grande maioria dos lares, é significativo que todos vejam que há a possibilidade de um convívio respeitando as diferenças. Todas as pessoas são iguais, pois todas elas, sem exceção, só querem ter a chance de ser feliz.
Certamente deste compromisso tomou consciência a produção do BBB ao permitir que os brasileiros apreendam a ser tolerantes e a conviver com o outro sem discriminar, agredir ou matar pelo só fato de o outro ser diferente.
Diante de uma sociedade ainda tão homofóbica, em que a diversidade sexual não é respeitada e a homoafetividade ainda não obteve reconhecimento legal, a experiência só pode ser promissora. Afinal, "big brother" significa "grande irmão" e a fraternidade precisa mesmo ser cultivada."

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Para Neusas, Helianas, Jandiras... qualquer semelhança não é mera coincidência!!!

Não passado muito tempo de convivência com lideranças, militantes, simpatizantes da causa LGBT, comecei a escutar o seguinte discurso:
- Somos lésbicas, temos nossas demandas e não queremos mais que os homens (nesse caso os gays) falem por nós. Gays não mais darão voz ao que eles acham que nós queremos!
OK! Concordo! Concordo com o direito ao nosso espaço, mas critico aquelas que desejam fazer desse movimento uma cisão! A causa é homossexual, cada um dentro da sua especificidade, mas é homossexual!
Então, dentro de necessidades lésbicas que só nós podemos dar visibilidade, me deparo com posturas e estruturas empoderadas que vêem a entrada de jovens militantes não como aliadas, que oxigenam idéias e repensam o velho como base para um novo mais forte, mas como ameaças ao seu espaço já conquistado. Deve ser medo de desestruturar para reconstruir, afinal o novo e desconhecido dá medo!
Me questiono sobre os infindáveis embates travados sucessivamente entre pessoas que, teoricamente têm o mesmo objetivo, e a única pergunta que me resta a fazer é: estamos reunidas para disputar nossos egos e fazer desse circo um palco para fazer brilhar o maior ego ou, de fato, acreditamos que podemos fazer um mundo melhor a partir da união de forças, do entrelace de idéias? Enquanto houver essa disputa
só o que acontecerá é o enfraquecimento do movimento e a falta de crença que um dia todos poderão conviver em paz, respeitando as diferenças.
No fervor das discussões, onde queremos que prevaleça o nosso ponto de vista, não percebemos que o ponto de vista do outro pode preencher a rachadura do nosso e fortalecer a construção do que será comum e beneficiará todos.
Quando escuto de uma liderança que a maioria nem sempre é consenso, lanço aqui a minha pergunta: então consenso é exercício de poder, é despotismo?
Se, num grupo onde acho que poderei construir meios para um mundo melhor, junto com pessoas que têm o mesmo objetivo que o meu, encontro uma empoderada, de atitude déspota, com discurso maquiado de boa moça, onde encontrarei gente que faz de verdade sem a preocupação de ter o seu espaço e brilho ameaçados?
De acordo com a Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Consenso), temos a seguinte definição: "O consenso leva em conta as preocupações de todos e visa a resolvê-los/aclarar-los antes que a decisão seja tomada. O mais importante, neste processo é incentivar um ambiente em que todos são respeitados e todas as contribuições são avaliadas. O consenso formal é um processo de decisão mais democrático. Grupos que
desejam envolver sempre mais voluntários na participação têm a necessidade de utilizar um processo inclusivo. Para atrair e envolver cada vez mais pessoas é importante que o processo incentive a participação, permita o acesso igual ao poder, desenvolva a cooperação e crie um sentido da responsabilidade individual para as ações do grupo. O objetivo do consenso não é a seleção de diversas opções, mas o desenvolvimento de uma decisão que seja a melhor para o grupo como um todo. É em síntese evolução, não competição nem atrito."
Num grupo onde a maioria não pode estar, não é inclusivo; É EXCLUSIVO! Se a tomada de decisão é feita pela minoria dos presentes em uma reunião, isso não é inclusivo; É EXCLUSIVO!
Se eu sou lésbica e quem tem que dar voz às minhas necessidades sou eu e não um gay, também não quero que quem dê voz às minhas necessidades enquanto "mulhernegralésbica" (termo lindo, político e forte, mas esvaziado em função da palavra que fica na atitude contraditória do discurso dessas mesmas mulheres) seja alguém que faça do seu poder um meio para viabilizar seus pensamentos. Não contribuirei para empoderar lésbicas de postura escorregadia, pois qualquer conquista vinda desse tipo de pessoa não é legítimo!
Eu acredito num mundo melhor, e vc?
Eu acredito que a união faz a força, e vc?
Simone de Beauvoir dizia que não se fecharia em um grupo apenas de mulheres, em que os homens estariam de fora, porque acabaria exatamente como eles... neste ponto hei de concordar com ela.
Fica aqui o desabafo e a esperança de um mundo mais coletivo, íntegro e colorido.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

"Viver sem tempos mortos"

Vamos lá, comecemos por partes!
Citei no post anterior a peça com a Fernanda Montenegro: "Viver sem tempos mortos"
No monólogo ela dá vida a algumas cartas escritas por Simone de Beauvoir, onde fala sobre toda a sua vida.
Confira um pedacinho: http://www.youtube.com/watch?v=zIHRlvWG3wY

"Eu vim do avesso Reverso do que é aceito..."

Vai ser assim, ao som de Bethânia e com a cabeça povoada de muitas idéias e devaneios que abro o meu blog!
Ontem fui assitir Fernanda Montenegro interpretando Simone de Beauvoir na peça "Viver sem tempos mortos". Já a caminho, de mente inquieta, percebi que passei 32 anos da minha vida pensando, supondo, questionando mas nada faz parar a minha inquietude, minha sede de querer sempre mais! Uns questionamentos puxam os outros... e quando caio em mim, não lembro mais do ponto de partida. Aff!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E assim vou me construindo, desconstruindo, reconstruindo... pelo infinito de pensamentos, idéias, emoções, imagens, sons que colho ao longo dos dias, horas, minutos, segundos... às vezes parece que vou explodir de tanta coisa que acumulei!
Como não posso andar com a minha Analista a tira colo, vai ser aqui, neste blog que vou dar continente para os meus excessos, o que não cabe mais em mim. Praticamente um ego auxilliar! =D
Sim, eu vim do avesso! Vim na contramão das concepções, na palavra que não define, no ato que rompe o velho, que questiona o novo. Eu vim para romper, para ousar, para enfrentar, para questionar!
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